Postado em 27 de Abril de 2021 às 09h27

Check-up e pandemia: a importância de manter os cuidados com a saúde

Coronavírus (3)

Saúde não é apenas ausência de doença. A afirmação está relacionada ao conceito preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que afirma: “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência de doença ou enfermidade”. O conceito já parecia um tanto utópico antes da covid-19, mas e agora? É possível se manter saudável em tempos de pandemia?

Asdrubal César da Cunha Russo, médico especialista em Medicina de Família e cooperado da Unimed Chapecó

O medo do contágio pela covid-19 mudou drasticamente a rotina das pessoas. Nunca se falou tanto sobre os cuidados com a saúde física e mental ou imunidade. Por outro lado, na prática, o que se observa é uma outra realidade. 

Segundo dados das empresas associadas à Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), houve uma queda de 46,4% na quantidade de mamografias realizadas no Brasil, nos meses de março a agosto de 2020, comparado ao mesmo período do ano anterior – importante frisar que as associadas à Abramed representam 56% do total de exames realizados na saúde suplementar. O cenário do Sistema Único de Saúde (SUS) é igualmente preocupante. Na rede pública, a queda foi de 27% – entre janeiro e junho de 2019 foram realizados 180.093 exames na rede pública. No mesmo período de 2020, a quantidade de exames caiu para 131.617, segundo a Abramed.

Principal motivo? Medo de contrair covid-19. Esta foi a principal justificativa das entrevistadas em pesquisa recente realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE), com 1.400 mulheres. E mais, 73% delas, presentes no grupo de risco, afirmaram que estão esperando a pandemia passar para retomar suas consultas e exames de rotina.

Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mostrou que houve um aumento de 31,8% de óbitos em domicílio por doenças cardiovasculares, incluindo Acidente Vascular Cerebral (AVC), no período de março a junho de 2020, quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Os números representam apenas uma parte do impacto da pandemia na medicina diagnóstica do País. O setor previa a realização de mais de 480 milhões de exames no primeiro semestre de 2020 e foram realizados 353 milhões. Uma queda de mais de 36%, de acordo com a Abramed.

Neste cenário, é possível observar que o medo da covid-19 supera a preocupação com outros tipos de doenças. A maioria das pessoas opta por adiar ou cancelar consultas e exames de rotina, o que pode causar sérias complicações.

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